quinta-feira, 30 de abril de 2015

VOLP

O Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (VOLP) é o compêndio do léxico da Língua [Portuguesa]. Em outras palavras, no VOLP estão todas as palavras do português utilizado no Brasil e que foram incorporadas ao nosso vocabulário. Se não está no VOLP não ‘existe’ para fins de correção na escrita.
As pessoas fazem um cursinho rápido de Língua Portuguesa e acreditam serem ‘peritas’ no código, muitas vezes não procuram no local devido para conferir se estão no caminho da grafia correta. Aqui começa um problema, pois os dicionários (desculpem meus amigos, mas a verdade é dura e precisa ser dita) contêm erros. Sim, no plural. Mais de um erro.  
O mundo acabou? Os dicionários ensinam errado? Nada disso. Uma simples conferência ao site da ABL e você soluciona sua dúvida. O VOLP está disponibilizado em meio digital para todos [omnibus].

Navegadores portugueses e a Língua

A Língua Portuguesa é a quarta língua mais falada no mundo[1], sendo a Língua Oficial de oito países, com presença em praticamente todos os continentes.

Fonte: http://portalmultirio.rio.rj.gov.br/

Os portugueses influenciam muita coisa na vida moderna, foram grandes navegadores e por esse motivo sua presença global. Hoje em dia navegamos pela internet! Assim como os antigos marinheiros portugueses.
E a Língua? Bem a língua foi sendo disseminada, acrescida de muitas palavras de outros povos, tornando-se uma das línguas mais faladas no mundo, com presença marcante do Brasil em  quantidade.

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADngua_portuguesa

Não é à toa que o Brasil liderou o novo acordo ortográfico, bastante criticado por portugueses, o que você poderá verificar em muitos sites e blogs!
Enfim, conhecer e trabalhar com a Língua Portuguesa é mais do que dominar uma ciência é amar  essa língua e adorar ver seus diferentes arranjos e o quanto eles revelam o autor...
Uma dica excelente para quem quer ou precisa aperfeiçoar o seu vocabulário é de ler autores como Machado de Assis, Fernando Pessoa, Camões, Érico Veríssimo entre outros escritores consagrados. Navegue também pelos mares da Língua Portuguesa!

Derretendo o coração...

Quando fala de amor tão intensamente como sem dúvida amara muito. Ou me equivoco? É bom ver-se pelo olhar do outro... Perceber a si pelas palavras do outro. 
'usted me puede leer de la misma manera que veo a mí mismo con mis propios ojos'
Há pessoas que encenam, não são verdadeiras ou estão tão misturadas com a personagem criada, que quando são verdadeiras causam sustos em nós!
De minha parte sou tão passional em minha opinião, que não surpreendo a ninguém. Toda a gente que me conhece já espera apaixonamento. No geral, se surpreendem quando reajo menos apaixonadamente. 

Assim, creio que a inversão emocional é quando você dá e não tem muito em retorno; faz sofrer - à maneira do Poema de Augusto dos Anjos: "o beijo, amigo, é a véspera do escarro... [logo] escarra nessa boca que te beija" - que você fez o bem e não tem sequer uma parte desse sentimento em troca... Às vezes fico triste, sei que minha alma vai junto com tudo que vivo, de todos modos... 

quinta-feira, 23 de abril de 2015

...blogando sobre o "Belo e Sublime"

Pessoal trazendo um pouco do erudito (Belo e Sublime conforme Dostoiévski sublinhava em sua obra Memórias do Subsolo [também vale a pena conferir!!!]), 

Carmina Burana, de Carl Orff, então aí vai a letra, tradução e vídeos para curtir.


Adoro a letra e a forma como é vibrante, visceral, energia pura!!!

Quem se interessar tenho ainda dois artigos no blogue que tratam sobre a fortuna.

Letra:

Cantiga de la Fortuna,imperatriz do mundo

O fortuna
És como a Lua
Mutável,
Sempre aumentas
Ou diminuis;
A detestável vida
Ora oprime
E ora cura
Para brincar com a mente;
Miséria,
Poder,
Ela os funde como gelo.

Sorte imensa
E vazia,
Tu, roda volúvel
És má,
Vã é a felicidade
Sempre dissolúvel,
Nebulosa
E velada
Também a mim contagias;
Agora por brincadeira
O dorso nu
Entrego à tua perversidade.

A sorte na saúde
E virtude
Agora me é contrária.

E tira
Mantendo sempre escravizado
Nesta hora
Sem demora
Tange a corda vibrante;
Porque a sorte
Abate o forte,
Chorai todos comigo!

Eu lastimo pelas feridas da Fortuna

Choro as feridas infligidas pela Fortuna
com olhos lacrimejantes,
pois seu tributo de mim
cobra agressivamente;
Na verdade, está escrito
que a cabeça coberta de cabelos
a maior parte das vezes
revela-se, quando a ocasião se apresenta calva.

No trono da Fortuna
eu sentara, elevado,
coroado com as flores
multicoloridas da prosperidade;
apesar de ter florescido
feliz e abençoado,
agora do alto eu caio
privado de glória.

A roda da Fortuna gira;
eu desço, diminuído;
outro é levado ao alto;
lá no topo
senta-se o rei no ápice ?
que ele tema a ruína!
pois sob o eixo lemos
o nome da rainha Hécuba.(Fonte: http://letras.mus.br/orff-carl/74710/traducao.html)





O concerto completo:


Carmina Burana (o Fortuna)

1. fortuna imperatrix mundi (fortune, empress of the world)

O fortuna
Velut luna
Statu variabilis,
Semper crescis
Aut decrescis;
Vita detestabilis
Nunc obdurat
Et tunc curat
Ludo mentis aciem,
Egestatem,
Potestatem
Dissolvit ut glaciem.

Sors immanis
Et inanis,
Rota tu volubilis,
Status malus,
Vana salus
Semper dissolubilis,
Obumbrata
Et velata
Michi quoque niteris;
Nunc per ludum
Dorsum nudum
Fero tui sceleris.

Sors salutis
Et virtutis
Michi nunc contraria,
Est affectus
Et defectus
Semper in angaria.
Hac in hora
Sine mora
Corde pulsum tangite;
Quod per sortem
Sternit fortem,
Mecum omnes plangite!

2. fortune plango vulnera (i bemoan the wounds of fortune)

Fortune plango vulnera
Stillantibus ocellis
Quod sua michi munera
Subtrahit rebellis.
Verum est, quod legitur,
Fronte capillata,
Sed plerumque sequitur
Occasio calvata.

In fortune solio
Sederam elatus,
Prosperitatis vario
Flore coronatus;
Quicquid enim florui
Felix et beatus,
Nunc a summo corrui
Gloria privatus.

Fortune rota volvitur:
Descendo minoratus;
Alter in altum tollitur;
Nimis exaltatus
Rex sedet in vertice
Caveat ruinam!
Nam sub axe legimus
Hecubam reginam.

segunda-feira, 20 de abril de 2015

Eu acredito no altruísmo em situação limite.

Uma pessoa pode dar a vida por seus pais ou filhos. Outra pessoa poderia escolher morrer para salvar milhares de outras. Mas se você tem mais tempo para pensar parece que o altruísmo perde a força. É como quando alguém tenta suicídio, na verdade essa pessoa está pedindo ajuda, ninguém quer morrer. São situações limite. 
Quando aqueles japoneses idosos foram fechar Fukushima, sabendo que tinham 100% de risco de desenvolverem câncer, estavam pensando na posteridade, nos seus netos e estavam em uma situação limite. Era o que precisava ser feito. E eles fizeram. Eu acredito nisso.

E quem pode dizer o que seria  sentimento mais verdadeiro do que fazer algo altruísta, ainda que em uma situação limite? 

O mito da primavera: Perséfone e Hades; semelhança com o conto "a Bela e a Fera"

Perséfone era deusa dos subterrâneos, desde que foi raptada por Hades, tornando-se sua esposa. Deméter, a deusa grega da fertilidade e mãe de Perséfone, ficou tão triste com o rapto da filha que parou de fertilizar a terra, fazendo com que houvesse outono e inverno, tudo secava e morria.


Depois de algum tempo Hades passou a permitir que sua esposa visitasse a mãe. Assim as árvores e plantas recomeçam a explodir em brotos e a florescerem... A primavera é o símbolo da alegria do reencontro - da mãe em rever sua filha amada. O que eu gosto no mito é justamente essa beleza da renovação, do amor vencer no final.
Ao mesmo tempo é fascinante a história de amor do casal. Eu creio que o conto "a Bela e  a Fera" seja uma releitura desse mito. Há a mocinha raptada e que se apaixona por seu raptor. Há a figura da mãe/pai e da morte... Claro que é uma análise que merece mais argumentos...