sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

Uma música estimulante!


Você agradece as pessoas o suficiente?

Sem apelo religioso (tradução livre), apenas a letra é linda.
Quando você está sozinho e ninguém pode contar suas lágrimas, somente lembre Deus sabe..




quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Conto: A princesa que foi educada como um homem

(conto indiano, muito interessante)
Em Manapur existiu uma vez um rei que não teve nenhum filho homem. Como precisava de um herdeiro para o trono, resolveu educar sua única filha como se fosse um menino. A princesa Chitrangada não era bonita, muito pelo contrário. E como desde a mais tenra idade acostumou-se a manejar o arco e a flecha, a cavalgar pelos bosques com roupas masculinas caçando junto com os homens seus modos, costumes, gostos e sonhos nem de longe se assemelhavam ao que se esperaria de uma princesa de sangue real.
Naquele tempo, os Pandava tinham sido expulsos de seu reino pelos seus primos, os Kaurava, que tomaram o lugar dos primos banidos e se proclamaram reis. O grande guerreiro Arjuna era conhecido como o mais belo aventureiro dos Pandava, e seus feitos heroicos eram cantados por toda a parte. Enquanto as jovens do palácio de Chitrangada ficavam imaginando a beleza de Arjuna, a princesa só prestava atenção aos relatos de sua bravura e encantava-se com sua habilidade de atirar uma flecha com os olhos fechados e, ainda assim, acertar o alvo.
Mas, ao mesmo tempo, coisas horríveis aconteceram durante o exílio dos Pandava na floresta. Muitos bandidos se aproveitaram da briga entre os primos rivais e começaram a invadir e saquear as aldeias nas redondezas espalhando o terror por toda a parte. Para defender o reino de Manipur, Chitrangada montou seu cavalo e passou a comandar o pequeno exército de seu pai. Logo ela foi aclamada por sua coragem, por sua habilidade de guerreira, por sua perseverança. O povo a adorava e confiava nela cegamente. Os inimigos a temiam. O tempo foi passando e, enquanto as jovens do palácio realizavam suas festas de casamento, a princesa Chitrangada tornava-se cada vez mais hábil na caça, na luta, nas decisões no conselho de ministros e nos tribunais. Cada vez mais feia e embrutecida, ela não se lembrava, e ninguém se lembrava também, de que havia nascido mulher.
Um dia, cavalgando por um bosque acompanhada de alguns guerreiros, ela viu um homem dormindo à sombra de uma árvore, coberto dos pés à cabeça com seu manto. Sem descer do cavalo, ela cutucou o pé do homem com sua lança. Em um único movimento ele se levantou e armou sua flecha na direção de quem o havia atacado. Encontrou o olhar zombeteiro de Chitrangada que o encarava com um riso de deboche. Mas, em seguida, ele abaixou sua arma e disse simplesmente:
- Eu jamais lutarei com uma mulher, por mais que ela se pareça com um homem.
Enfurecida, ela retrucou:
- Com certeza você não é do meu reino, senão saberia que sou capaz de lutar melhor que um homem. Quem é você?
- Meu nome é Arjuna - ele respondeu tranquilamente.
- Arjuna, o Pandava, banido de seu reino? O grande herói de quem tenho ouvido as aventuras mais inacreditáveis?
Chitrangada quase perdeu a respiração diante daquele que admirava mais do que ninguém no mundo.
 - Eu mesmo - ele respondeu - E se você pretendia lutar comigo, pode perder as esperanças. Decidi viver como um ermitão durante um ano nesta floresta. Assim, nem com suas armas e muito menos com seus dotes femininos você seria capaz de me vencer - ele disse com um sorriso irônico, embrenhando-se pelo mato, desaparecendo rapidamente dentro da floresta.
   Naquele momento, a princesa Chitrangada perdeu a noção do tempo e do espaço, da razão e do dever. Guiada pelo redemoinho de fogo que se apoderou de seu coração, galopou feito louca na direção do palácio, correu para seus aposentos e lá se trancou. Com gestos febris, suas mãos agitadas foram arrancando uma por uma suas roupas de homem. Ela procurou nos baús empoeirados as vestes e ornamentos que tinham sido de sua mãe, e foi se cobrindo desajeitadamente com um sári dourado, colares, anéis, pulseiras, enfeitou os cabelos e dirigiu-se para o espelho, cheia de ansiedade. A imagem que ela viu a deixou horrorizada.
 - Como posso agradá-lo com meus encantos de mulher? Eu sou muito, muito feia - ela disse chorando, enquanto abraçava sua ama, que sempre cuidara dela, desde menina.
 - Mas princesa, o que foi que aconteceu? Eu nunca a vi dessa maneira, tão desamparada. Você tem enfrentado os inimigos mais ferozes, vencendo todos os desafios com a bravura de um homem.
 - É justamente essa bravura que não me serve de nada agora - disse a princesa soluçando - É o que menos vai me ajudar a conquistar o homem que amo.
 - Se entendi direito, acho que posso ajudá-la - disse a ama docemente - Faça o que deve ser feito. Você precisa ir até o templo do Amor na entrada da floresta, e diante do altar pedir à Deusa que a torne bela, por um ano que seja.
A princesa parou de chorar e, animada com aquelas palavras, saiu correndo para o templo. Lá dentro não havia ninguém. Ela ajoelhou-se diante do altar e, com a cabeça voltada para o chão, disse baixinho:
 - Por um ano, por um ano apenas, eu quero ser jovem e muito bonita.
Enquanto repetia seu desejo, sem cessar, ela foi se deixando embalar pela cadência de sua voz, pelo perfume das flores e do incenso espalhados pelo templo, e acabou adormecendo.
   Quando um raio de sol iluminou seu rosto na manhã seguinte, ela abriu os olhos devagar e demorou um pouco para entender onde estava. A primeira coisa que sentiu foi uma vaga alegria. Uma leveza envolvia seu corpo e sua alma, sem que ela soubesse por quê. Ao apoiar a mão no chão para levantar-se, que mão era aquela, pequena, delicada e branca como a de uma donzela do palácio? Surpresa, ela caminhou até a fonte na entrada do templo. Maravilhada, demorou para acostumar-se com a mulher que viu refletida no espelho de águas límpidas. Aquela jovem vestida com o sári dourado e joias que realçavam suas formas perfeitas, encantadora e suave como um botão de rosa na primavera, era ela mesma?
   A felicidade escapou de seu peito num canto delicado de agradecimento à Deusa. E a voz da princesa que cantava nem de longe lembrava o timbre áspero da guerreira Chitrangada.
   A jovem foi se embrenhando para dentro da floresta, com o coração cheio de esperança. Depois de um tempo ela encontrou Arjuna, sentado numa clareira, de olhos fechados meditando. O som dos guizos nos pés da jovem anunciaram sua presença, e Arjuna abriu os olhos. E o que aconteceu naquele momento, nem mil palavras de um contador de histórias seriam capazes de relatar direito. As juras de amor que Arjuna e a princesa Chitrangada trocaram, extasiados um com o outro, ficaram gravadas para sempre na terra daquele chão, no céu azul daquele lugar. Para sempre eles queriam ficar juntos. E desejaram que o tempo parasse.
   Mas o tempo não parou. A princesa disse a Arjuna que se chamava Jaya. Com esse nome encantou-o como uma fada e amou-o como uma mulher durante dias, semanas, meses. Ao mesmo tempo, enquanto vivia cada minuto de felicidade junto daquele homem magnífico, a princesa não se esquecia que o ano se escoava e que o dia de seu prazo final se aproximava cada vez mais.
   Até que esse dia chegou e, quando Arjuna acordou, Jaya não estava ao seu lado. Lá fora ele ouviu vozes que se aproximavam da clareira onde moravam. De repente, chegaram muitas pessoas a pé, a cavalo, camponeses e soldados, procurando pela princesa Chitrangada. Eles traziam um enorme cavalo negro, ricamente ajaezado, e sobre a sela do cavalo, havia um arco, flechas e roupas de homem.
 - O que vocês fazem aqui? - perguntou Arjuna.
 - Depois que a nossa princesa desapareceu - respondeu um homem - os bandidos têm incendiado nossos campos e nossas aldeias. Nós precisamos encontrá-la, antes que eles cheguem à capital do reino. Só ela poderá nos salvar como sempre fez antes de seu desaparecimento.
Ele não conseguiu terminar de falar, pois um murmúrio exaltado tomou conta de todos. Eles olharam na direção da gruta, levantaram os braços agitados e gritaram:
 - Chitrangada, finalmente a encontramos!
Arjuna virou-se e viu uma mulher horripilante, ossuda e desengonçada, vestida com um sári dourado.
 - Quem é você? - perguntou - Nessa gruta vivo com Jaya, minha mulher. Onde ela está?
Com uma voz grave e áspera, Chitrangada respondeu:
 - Ela continua viva, no fundo do meu coração.
E sem dizer mais nada, ela olhou Arjuna com os mesmos olhos negros e brilhantes que iluminavam o rosto de Jaya, e correu para seu cavalo. Vestiu as roupas de homem que a esperavam, saltando sobre a sela, Então Arjuna lembrou-se daquela mulher guerreira que uma ano atrás o havia desafiado cutucando seu pé com a lança.
   A princesa esporeou o cavalo e saiu em disparada enquanto as pessoas a aclamavam. Arjuna montou em outro cavalo e a seguiu. Juntos combateram com bravura e venceram os exércitos dos bandidos. Nas aldeias, o povo festejou por dias seguidos, com danças e cantos. Enquanto Arjuna e a princesa retornavam lado a lado pelo caminho, chegavam à beira da floresta onde tinham vivido por um ano inteiro.
Arjuna entendeu que continuava a amá-la, e estendeu a mão para que juntos entrassem na floresta. A princesa Chitrangada sorriu, com os mesmos olhos negros e brilhantes que Arjuna conhecera no rosto de Jaya e lhe disse:
   - O que resta da bela mulher que viveu na gruta dom você é o mais importante. Aquilo que está guardado dentro do nome Jaya, que quer dizer "vitória".
   Na verdade, ela já nem era mais tão feia quanto antes.

sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

Quando a vida te dá um limão...

Não é um texto motivacional. Apenas para contar como eu atravesso os piores dias. Quando penso que 'em tese' nada mais pode piorar, imagina o que acontece? Então sempre que sinto que as coisas não estão indo no melhor dos caminhos eu simplesmente paro. Observo (com o limão na mão), penso em alternativas, tomo as ações necessárias... enfim, faço o que me ensinaram: produzo a limonada e vou saboreando devagar. 
Outra coisa que acompanha bem o suco de limão é a passagem bíblica (não estou conclamando religião!!! trata-se apenas de uma citação): 

 Contemplai as aves do céu: não semeiam, não colhem, nem armazenam em celeiros; contudo, vosso Pai celestial as sustenta. [...] Observai como crescem os lírios do campo. Eles não trabalham nem tecem. Eu, contudo, vos asseguro que nem Salomão, em todo o esplendor de sua glória, vestiu-se como um deles...

quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Sobre a morte de Bolaños (Chaves)...

Quando estive no México, muita coisa remetia ao Chaves, personagem de Bolaños. Os mexicanos de modo geral demonstram extrema afeição pelo 'El chavo del 8' e com certeza foi uma estrelinha que se apagou aqui e está brilhando lá em cima.Pragmaticamente, pesquisando um pouquinho, parece que cada episódio rendeu mais de um milhão de dólares para a família Bolaños. O que traz uma recompensa para um trabalho de diversão que nunca agrediu o seu público, ao contrário, trouxe muita alegria.

Ao visitar Vera Cruz, descobrimos que há um museu de cera, com estátua do Chaves, entre outras personalidades de peso mexicanas.
Então, quando você for ao México, se puder, passe no museu de cera na cidade de Vera Cruz, para tirar fotos com o Chavito e matar um pouco a saudade...

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Outra citação: irmãos Wachowski do filme Matrix

Por que, Sr. Anderson? Por que, por quê? Por que você faz isso? Por que, por que se levantar? Por que continuar lutando? Você acredita que você está lutando ... por alguma coisa? Por mais do que sua sobrevivência? Você pode me dizer o que é? Você sabe mesmo? Será que é liberdade? Ou verdade? Talvez paz? Poderia ser por amor?  Ilusões, Sr. Anderson. Caprichos da percepção. Construções temporárias de um intelecto humano frágil tentando desesperadamente justificar uma existência sem sentido ou propósito. E tudo tão artificial quanto a própria Matrix, embora ... só uma mente humana poderia inventar algo tão insípido como o amor. Você deve ser capaz de ver isso, Sr. Anderson. Você deve saber disso agora.Você não pode vencer. É inútil continuar lutando. Por que, Sr. Anderson? Por quê?Por que você persiste?...

Das melhores citações de Nietzsche ou seria ele narcisista?

No final será como sempre foi: as grandes coisas para os grandes, os abismos para os profundos, as branduras e tremores para os sutis e, em suma, tudo que é raro para os raros.

In the end it must be as it is and always has been: great things remain for the great, abysses for the profound, nuances and shudders for the refined, and, in brief, all that is rare for the rare.
― Friedrich Nietzsche


segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Love of my life: uma carta de amor



A letra é linda:

Love of my life, you've hurt me
You've broken my heart and now you leave me
Love of my life, can't you see?
Bring it back, bring it back, don't take it away from me
because you don't know what it means to me...

Love of my life don't leave me
You've taken my love and now desert me
Love of my life, can't you see?
Bring it back, bring it back, don't take it away from me
because you don't know what it means to me...

You'll remember when this is blown over,
and everything's all by the way
When I grow older, I will be there at your side to remind you
how I still love you, I still love you...

please bring me back home to me, because
you don't know what it means to me

Love of my life,
love of my life...

Link: http://www.vagalume.com.br/freddie-mercury/love-of-my-life.html#ixzz3Kfp6w6o7